Publicado por: meireformagini | julho 15, 2011

Os distúrbios psicomotores

 OS DISTÚRBIOS PSICOMOTORES

Segundo José & Coelho (2002. p. 108), “podemos definir psicomotricidade como a educação do movimento com atuação sobre o intelecto, numa relação entre pensamento e ação, englobando funções neurofisiológicas e psíquicas”. Ainda segundo as autoras, como o comportamento físico da criança expressa, uma a uma, suas dificuldades intelectuais e emocionais, pode-se dizer que a psicomotricidade é a ciência do corpo e da mente, integrando várias técnicas com as quais se pode trabalhar o corpo (todas as suas partes), relacionando-o com a afetividade, o pensamento e o nível da inteligência.  Enfoca a educação dos movimentos, ao mesmo tempo em que põe em jogo as funções intelectuais. As primeiras evidências de um desenvolvimento mental normal são manifestações puramente motoras (JOSÉ & COELHO, 2002, p. 108, grifo nosso).

Qualquer distúrbio psicomotor tem ligação com problemas que envolvem o indivíduo em sua totalidade. Distúrbios psicomotores e afetivos estão, intimamente, associados, razão porque o diagnóstico não é facil de ser feito. Os sintomas mais comuns desse distúrbio estão associados à área do ritmo, da atenção, do comportamento, esquema corporal, orientação espacial e temporal, lateralidade e maruração (retardos).
Esses distúrbios podem ser classificados em quatro grupos, segundo Grünspun (apud JOSÉ & COELHO, 2002, p. 111):

INSTABILIDADE PSICOMOTORA – É o tipo mais complexo e causa uma série de transtornos pelas reações que o portador apresenta, com o predomínio de uma atividade muscular contínua e incessante. Essas crianças revelam instabilidade emocional e intelectual; falta de atenção e concentração; atividade muscular contínua (não terminam tarefas iniciadas); falta de coordenação geral e coordenação motora fina; hiperatividade e equilíbrio prejudicado; deficiência na formulação de conceitos e no processo de percepção ( discriminação de tamanho, figura-fundo, orientação espaço-temporal); alteração da palavra e da comunicação (atraso na linguagem e distúrbios da palavra); alterações emocionais ( são impulsivas, explosivas, sensíveis, frustram-se com facilidade, destruidoras); alterações do sono ( terror noturno, movimentos enquanto dormem); alterações no processo do pensamento abstrato; dificuldades de escolaridade ( leitura, escrita, aritmética, lentidão nas tarefas, dificuldade de copiar da lousa, entre outras manifestações.

DEBILIDADE PSICOMOTORA – Caracterizada por PARATONIA: Limitação nas quatro extremidades do corpo (ou apenas em duas) – “deselegância” ao correr – limitações e rigidez nas mãos e nas pernas; e SINCINESIA – Participação de músculos em movimentos aos quais eles não são necessários – descontinuidade de gestos; imprecisão nos movimentos dos braços e das pernas; dificuldade de realizar os movimentos finos dos dedos…

INIBIÇÃO PSICOMOTORA – Além das características da DEBILIDADE PSICOMOTORA, neste caso a ansiedade é presença constante – a criança apresenta sobrancelha franzida; cabeça baixa; problemas de coordenação motora; distúrbios de conduta, dentre outros.

LATERALIDADE CRUZADA – Amaioria dos autores acredita que existe no cérebro um hemisfério predominanteresponsável pela lateralidade do indivíduo – desta maneira, de acordo com a ordem enviada pelo cérebro dominante, teremos o destro ou o canhoto. No entanto, segundo José & Coelho (2002, p. 114), além da dominância da mão, existe também a do pé, do olho, do ouvido. QUANDO ESSAS DOMINÂNCIAS NÃO SE APRESENTAM DO MESMO LADO DIZ-SE QUE O INDIVÍDUO TEM LATERALIDADE CRUZADA – os distúrbios psicomotores são evidentes e resultam em deformação do esquema corporal. São algumas as formas mais comuns desse distúrbio: mão direita dominante X olho esquerdo dominante; mão direita dominante X pé esquerdo dominante e o inverso. Geralmente essas crianças apresentam alto índice de fadiga; quedas freqüentes; coordenação pobre; atenção instável; problemas de linguagem (dislalias, lingua enrolada…).

IMPERÍCIAS – É um distúrbio de menor gravidade, a criança apresenta inteligência normal, apesar de uma certa frustração pela dificuldade de realizar certas tarefas que exijam apurada habilidade manual. Apresentam dificuldades na coordenação motora fina; quebra constante de objetos; letra irregular; movimentos rígidos; alto índice de fadiga.

Maria de Lourdes Cysneiros de Morais

Fonte: http://www.abpp.com.br/artigos/72.htm

Publicado por: meireformagini | julho 15, 2011

Os distúrbios da escrita e da aritmética

 OS DISTÚRBIOS DA ESCRITA E DA ARITMÉTICA

No domínio da ESCRITA encontramos, basicamente, três tipos de distúrbios:

DISGRAFIA – É a dificuldade em passar para a escrita o estímulo visual da palavra impressa. Caracteriza-se pelo lento traçado das letras, que em geral são ilegíveis. A criança disgráfica não é portadora de defeito visual ou motor, nem apresenta qualquer comprometimento intelectual ou neurológico. No entanto, ela não consegue idealizar no plano motor o que captou no plano visual. As crianças disgráficas apresentam desordem no texto, margens mal feitas, que não são respeitadas, espaço irregular entre as palavras e linhas, traçados de má qualidade (ou pequeno ou grande demais), movimentos contrários aos da escrita convencional, dentre outros.

DISORTOGRAFIA – Caracteriza-se pela dificuldade de transcrever corretamente a linguagem oral, havendo trocas ortográficas e confusão de letras. São normais durante as 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental porque a relação entre a palavra impressa e os sons ainda não está totalmente dominada. A partir daí, os professores devem avaliar as dificuldades ortográficas por seus alunos, principalmente aquelas já conhecidas e trabalhadas em sala. Algumas trocas comuns: a) Confusão de letras – f / v; p /b; ch / j; b) confusão de sílabas – cantaram / cantarão; c) confusão de palavras – pato / pelo; d) uso de palavras com um mesmo som para várias letras – casa / caza; azar / asar; exame / ezame…

ERROS DE FORMULAÇÃO E SINTAXE – São crianças que conseguem ler com fluência e apresentam uma linguagem oral perfeira, compreendendo e copiando palavras, mas não conseguem escrever cartas, histórias ou dar respostas a perguntas escritas em provas. Na fala escrita comete erros que não ocorrem na fala oral, não conseguindo, portanto, transmitir para a escrita os conhecimentos adquiridos.

Dentre os distúrbios da ARITMÉTICA, devemos ressaltar o fato de que essa área do conhecimento se expressa através de símbolos: assim sendo, cabe abordar aqui as dificuldades dos alunos que não conseguem compreender instruções e enunciados matemáticos, bem como as dificuldades daqueles que não conseguem lidar com as operações aritméticas, caracterizando as dificuldades em duas categorias que, aopesar de distintas, se interpenetram, uma vez que, muitas vezes, é preciso resolver a questão do não-entendimento do enunciado, antes de se verificar as dificuldades nas operações em si.

DISCALCULIA – A dificuldade na matemática pode ter várias causas – pedagógicas; capacidade intelectual limitada; disfunção do sistema nervoso – essas desordens têm sido consideradas como discalculias, uma disfunção que impede a criança de compreender os processos e princípios matemáticos. Dependendo do grau em que se apresentem, podem ser assim agrupados:

  1. Distúrbios de linguagem receptivo-auditiva e aritmética: as crianças dessa categoria se saem bem em cálculos, mas têm dificuldades nas questões que envolvem raciocínio aritmético, em função da limitação na decodificação dos enunciados;
  2. Memória auditiva e aritmética: expressam-se de duas formas – a) dificuldades de reorganização auditiva ( reconhece o número quando ouve, mas nem sempre consegue dizê-lo quando quer); b) incapacidade de ouvir os enunciados apresentados oralmente e, em conseqüência, não é capaz de guardar os fatos , o que o impede de resolver os problemas propostos;
  3. Distúrbios de leitura e aritmética: apresentam dificuldades para ler os enunciados dos problemas, mas são capazes de fazer cálculos quando as questões são lidas em vos alta;
  4. Distúrbios de escrita e aritmética: as crianças com disgrafias não conseguem aprender os padrões motores para escrever letras e números, razão pela qual os conceitos matemáticos precisam ser passados para elas de outras maneiras até que o distúrbio da escrita tenha sido superado. 
Maria de Lourdes Cysneiros de Morais*

Fonte:http://www.abpp. com.br/artigos/72.htm

Publicado por: meireformagini | julho 15, 2011

Os distúrbios da Leitura

 OS DISTÚRBIOS DA LEITURA

Os distúrbios de aprendizagem na área da leitura e da escrita podem ser atribuídos às mais variáveis causas:

ORGÂNICAS – Cardiopatias, encefalopatias, deficiências sensoriais (visuais e auditivas), deficiências motoras (paralisia infantil, paralisia cerebral), deficiências intelectuais (retardamento mental ou diminuição intelectual), disfunção cerebral ou outras enfermidades.

PSICOLÓGICAS – Desajustes emocionais provocados pela dificuldade que a criança tem de aprender, o que gera ansiedade, insegurança e autoconceito negativo.

PEDAGÓGICAS – Métodos inadequados de ensino, falta de estimulação na pré-escola dos requisitos necessários à leitura e à escrita, falta de percepção por parte da escola do nível de maturidade da criança, iniciando uma alfabetização precoce, relacionamento deficiente professor-aluno, não domínio do conteúdo e do método por parte do professor, atendimento precário à criança pela superlotação da sala…

SÓCIO-CULTURAIS – Falta de estimulação da criança que não faz a pré-escola e também não é estimulada no lar, desnutrição, privação cultural do meio, marginalização das crianças com dificuldades de aprendizagem pelo sistema de ensino comum. Nesse item, destacam-se os estudos de Soares (2000), em seu livro –“Linguagem e Escola: Uma perspectiva social” – onde ela faz toda uma reflexão sobre a educação nas camadas populares do Brasil. Grande parte do conflito que se dá entre o progressivo acesso à escola e a sua incompetência em gerar um ensino de qualidade para as camadas populares deve-se a seu ver à ideologia que inspira as teorias e propostas pedagógicas. Evidenciam os conflitos entre a linguagem de uma escola a serviço das classes dominantes, cujos padrões linguísticos usa e quer ver usados, e a linguagem das camadas populares, que essa escola censura e estigmatiza (p.6).

DISLEXIA – De acordo com José & Coelho (2002), a dislexia, apesar de ser um tipo de distúrbio da leitura, termina por ser alocado como causa específica de diatúrbios na aprendizagem da identificação dos símbolos gráficos, embora a criança apresente inteligência normal, integridade sensorial e receba estimulação e ensino adequados. Devido à falta de informações dos pais e dos professores do pré-escolar em identificar os sintomas da dislexia antes da entrada da criança na escola, ela termina por só ser identificada por volta da 1ª ou 2ª séries do fundamental, com os primeiros indícios surgindo na alfabetização. Por isso, a dificuldade na leitura significa, apenas, o resultado final de uma série de desorganizações que a criança já vinha apresentando no seu comportamento pré-verbal, não-verbal e em todas as funções básicas necessárias para o desenvolvimento da recepção, expressão e integração da função simbólica.  A dislexia, segundo Myklebust (apud JOSÉ & COELHO, 2002,p. 84) “representando um déficit na capacidade de simbolozar, começa a se definir a partir da necessidade que tem a criança de lidar receptivamente ou expressivamente com a representação da realidade, ou antes, com a simbolização da realidade, ou poderíamos, também dizer, com a nomeação do mundo”. Nesse sentido, ela apresenta sérias dificuldades com a identificação dos símbolos gráficos (letras / números) no início de sua alfabetização, o que acarreta fracasso em outras áreas que dependam da leitura e da escrita. De acrdo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), as principais dificuldades do disléxico são: demora a aprender a falar, a fazer laço no sapato, a reconhecer horas, a pular corda, pegar e chutar bola; dificuldades em escrever números e letras corretamente, ordenar as letras do alfabeto, meses do ano, distinguir direita e esquerda; compreensão da leitura mais lenta, incomum dificuldade em decorar tabuada, Llentidão ao fazer as quatro operações, dificuldades em pronunciar palavras longas, planejar e redigir.

Em geral considerada relapsa, desatenta, preguiçosa, sem vontade de aprender, o disléxico demonstra insegurança e baixa apreciação de si mesmo, sendo comum o abandono da escola, as reações rebeldes ou de natureza depressiva, havendo necessidade de tratamento especializado.
Entre os fatores a serem considerados no processo de aprendizagem da leitura e da escrita estão, em linhas gerais, os que se seguem: a prontidão para aprender; a percepção; o esquema corporal; a lateralidade; a orientação espacial e temporal; a coordenaçao visomotora; o ritmo; a capacidade de análise e síntese visual e auditiva; habilidades visuais e auditivas; memória cinestésica;linguagem oral. Entre os distúrbios apresentados no campo da LEITURA podemos destacar os que se expressam nas seguintes áreas:

MEMÓRIA – A criança, quando apresenta dificuldade auditiva e visual de reter informações, pode ser incapaz de recordas os sons das letras, de juntar sons para formar palavras ou, ainda, memorizar seqüências , não conseguindo lembrar a ordem das letras ou sons dentro das palavras. Esse distúrbio de memória resulta de disfunções do sistema nervoso central, e freqüentemente se manifesta só no aspecto visual ou só no aspecto auditivo.

ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL – A criança não é capaz de reconhecer direita e esquerda, não compreende ordens que envolvem o uso dessas palavras e fica confusa nas aulas de Educação Física, por não entender as regras dos jogos. Quanto ao tempo, mostra-se incapaz de conhecer horas, dias da semana, etc.

ESQUEMA CORPORAL – Geralmente as crianças com distúrbios de leitura têm um conhecimento deficiente do seu esquema corporal. Apresentam dificuldade para identificar as partes do corpo e não revelam boa organização da postura corporal no espaço em que vivem.

MOTRICIDADE – Algumas crianças têm distúrbios secundários de coordenação motora ampla e fina, o que atrapalha seu equilíbrio e sua destreza manual. Caem com facilidade, são desajeitadas, não conseguem andar de bicicleta ou mesmo manipular peças pequenas de material pedagógico.

DISTÚRBIOS TOPOGRÁFICOS – É a incapacidade que algumas crianças têm de compreender legendas de mapas, gráficos, globos, maquetes. Não conseguem entender a escala simbólica que está sendo usada para definir o espaço real.

SOLETRAÇÃO – Existem crianças que têm profunda dificuldade de revisualizar e reorganizar auditivamente as letras – ou seja, soletrar. A limitação na escrita será resultado da limitação na leitura.

Por outro lado, em se tratando de dificuldades de leitura oral, podemos destacar as que se ligam à percepção visual e auditiva – dificuldade de discriminação visual e auditiva – bem como as que se referem à leitural silenciosa – lentidão no ler, acompanhada de dispersão; leitura subvocal (cochichada); necessidade de apontar as palavras com lápis, régua ou dedo; perda da linha durante a leitura; repetição da mesma frase ou palavra várias vezes.Todo esse conjunto de sintomas vai se refletir, diretamente, nas dificuldades de compreensão da leitura e pode ocorrer em três níveis: literal (engloba a compreensão das idéias contidas no texto); inferencial (dificuldade de perceber as idéias que não estão contidas no texto e dependem da experiência do leitor); crítico (estabelecimento de comparações e julgamentos entre o dito pelo autor e o pensado pelo leitor).

Maria de Lourdes Cysneiros de Morais

 Fonte:  ttp://www.abpp.com.br/artigos/72.htm

Publicado por: meireformagini | julho 15, 2011

Os distúrbios da Fala

OS DISTÚRBIOS DA FALA

MUDEZ – Incapacidade de articular palavras, geralmente decorrente de transtornos do sistema nervoso central, atingindo a formulação e a coordemação das idéias e impedindo a sua transmissão em forma de comunicação verbal. Na maior parte das vezes, decorre de problemas da audição, certos tipos de distúrbio cerebral ou, ainda, outros fatores físicos como lábio leporino, dentição mal implantada, más formações da boca e do nariz, além de fatores emocionais e psicológicos, autismo, dentre outros.

ATRASO NA LINGUAGEM – A partir dos 14 meses, as crianças tornam-se capazes de pronunciar palavras com significado e espera-se que por volta dos 3 anos ela já apresente uma linguagem estruturada. Essa cronologia é relativa e, muitas vezes, a criança tem sua fala “atrasada” por vários motivos, dentre eles problemas de audição, e fatores emocionais ( traumas, carências afetivas, super-proteção, desejos atendidos com prontidão, falta de estimulação – crianças em asilos, por ex. …). Em princípio, esse atraso é superado após os 4 anos. Em outros casos, o problema se transforma em distúrbio específico de articulação durante alguns anos e é resolvido via tratamento especializado. Na escola, essas crianças revelam deficiência de vocabulário, deficiência na capacidade de formular idéias e desenvolvimento retardado da estruturação de sentenças.

PROBLEMAS DE ARTICULAÇÃO – Durante a fase pré-escolar, é normal a dificuldade de articular certos sons, pois só por volta dos 7 ou 8 anos é que os órgãos da fala têm maturidade suficiente para produzir todos os sons lingüísticos. Os problemas de articulação se subdividem em:

  1. Dislalia – É a omissão, substituição, distorção ou acréscimo de sons na palavra falada (exemplo de substituição – substitui o r como faz o Cabolinha…);
  2. Disartria – É um problema articulatório que se manifesta na forma de dificuldade para realizar alguns ou muitos dos movimentos necessários à emissão verbal. A fala fica lenta e arrastada, apresentando quebras de sonoridade, envolvendo ritmo e entonação, principalmente em momentos de tensão ou fadiga, nos casos mais brandos;
  3. Linguagem Tatibitati – É um distúrbio de articulação e também de fonação em que se conserva voluntariamente a linguagem infantil, sendo, geralmente, de causa emocional, podendo resultar em problemas psicológicos para a criança, por ser incentivado pelos adultos que acham a “fala engraçadinha”.
  4. Rinolalia – Caracteriza-se pela ressonância nasal maior ou menor do que a do padrão correto da fala. Pode ser causada por problemas nas vias nasais, por adenóide, lábio leporino ou fissura palatina, acarretando problemas emocionais pois a criança é ridicularizada pelos colegas que a imitam, gerando problemas de adaptação.
  5. PROBLEMAS DE FONAÇÃO – Os problemas de fonação – ou disfonias – dizem respeito às pequenas mudanças em suas características (cadência, inflexão, intensidade, timbre ou tom), as quais funcionam, normalmente, como recursos para expressão de desejos, sentimentos e necessidades.  Em certas circunstâncias, porém, esse domínio pode ser abalado, afetando todo o mecanismo de produção de sons e impedindo, portanto, que a expressão verbal se manifeste de forma adequada.  Eles podem ser considerados funcionais – quando impedem o controle dos sons mas envolvem somente os órgãos periféricos; podem ser chamados de orgânicos, por outro lado, quando envolvem o comprometimento do sistema nervoso central. São exemplos de disfonias, a voz em falsete, a afonia ( que começa com uma rouquidão), a pronúncia defeituosa de alguns sons, como m em vez de b, n em vez de d, além da chamada voz monótona, de fundo orgânico, causada por doença no sistema nervoso central , caracterizada pela incapacidade de inflexão de voz.
  6. DISTÚRBIOS DE RITMO – Os distúrbios de ritmo – ou disfluência – referem-se à fala produzida com repetições de sílabas, palavras ou conjuntos de palavras, prolongamentos de sons, hesitações, bloqueios, dificuldades para prosseguir a emissão dos sons, mantendo-se a contração muscular inicial. Mas os desvios de assunto em uma conversa e a desorganização de relatos também podem ser agregados à categoria das disfluências. O exemplo mais comum de disfluência é a gagueira.
  7. AFASIA – Perda ou avaria da capacidade de se comunicar mediante a fala, a escrita ou a mímica, em princípio devida a lesão cerebral. Com diferentes manifestações, a pessoa ouve e vê mas não compreende a linguagem falada ou escrita (afasia sensorial ou receptiva); é incapaz de falar ou escrever adequadamente, mas o aparelho fonador não está paralisado ( afasia motora ou expressiva); não consegue “encontrar” as palavras nem formular conceitos ( afasia conceitual); apresenta todas as formas de linguagem afetadas ( afasia global ou mista); tem dificuldade para começar a fala e para produzir as seqüências articulatórias e gramaticais ( afasia não-fluente) e articula e produz seqüências grandes de palavras em construções gramaticais variadas, mas tem dificuldade para encontrar vocábulos ( afasia fluente).

Fonte: http://www.abpp.com.br/artigos/72.htm

Publicado por: meireformagini | fevereiro 9, 2011

Indisciplina na escola: um grito de socorro

O prolema da indiciplina escolar não é algo atual, ele já existe desde muito tempo. Entretanto, a tentativa docente de tentar amenizar as manifestações indigestas dos alunos hoje se faz muito mais desgastante e aparentemente inútil.

Mas, o que é a indiciplina escolar? Como os alunos desenvolvem tais comportamentos? Porque ignoram ou desprezam a correção adulta? Essas e outras questões são alvo de constantes estudos e rigorosas pesquisas. Sabe-se, porém, que a indiciplina não é um mal que tem um fim em si mesma, ela é o resultado de um problema maior, que na maioria dos casos, está implícito nas crianças.

Ao avaliar o comportamento de uma criança indiciplinada se faz necessario pensá-la como um todo, seus aspectos sociais, psíquicos, físicos, familiares, etc, e, tudo aquilo que envolve seu mundo e sua vida.

Em muitos casos, a indiciplina aparece como uma válvula de escape, um modo inconsciente de pedido de socorro, algo que não vai bem internamente eclode externamente, daí a importância de se prestar a essa criança a atenção devida, através de atendimentos e ajuda especializada. Geralmente, ao longo, desse tratamento a indiciplina tende a desaparecer.

A criança que está bem, que consegue elaborar de maneira equilibrada seu mundo interno e externo, é alegre, peralta e feliz, mas, não é indiciplinada. A indiciplina afeta as relações sociais da criança, causando uma série de complicações simultâneas e consequêntes.

A Indiciplina é uma problemática de um problema maior, não visto e nem identificado exteriormente. Por isso, olhares de pais e professores devem estar bastante aguçados afim de enxergar esse pedido de socorro que se chama INDICIPLINA.


Publicado por: meireformagini | janeiro 21, 2011

Jogar aprendendo ou aprender jogando?

Os jogos são valiosos instrumentos no movimento do aprender. Ao contrário, da linha tradicionalista, os jogos desenvolvem nas crianças as mais variadas habilidades e percepções, além de serem prazerosos e divertidos eles estimulam os movimentos e as ligações dos neurônios provocando a curiosidade e a maturação cognitiva. A crianças que brinca e joga os mais variados jogos, com certeza, apresentará maior facilidade de interpretação, interação e de resolução de problemas. Os jogos provocam no sujeito inúmeros aprendizados, esses mensuráveis e imensuráveis. Então, porque não ensinar com jogos para que as crianças joguem e divirtam-se enquanto também aprendem?

Tipos de Jogos:

– Jogos de tabuleiro

– Jogos corporais

– Alfabetização corporal

– Oficinas de experiência

Veja alguns jogos interessantes:

1,2,3 Macaquinho chinês
Berlindes
O sete
As três palmadas
Camaleão
Caricas
Esconde-esconde
Barra do lenço
Ó mamã, dá licença?
Caracol
Lencinho
Mata
O rei manda
Sapateiro
O gato e o rato
Bolas corredoras
Coelhos às tocas
Macaca
Menina que está no meio
Jogo sem bola
Corda humana
Vira-desvira
Mensagem
Bom barqueiro
Corda queimada
Queimei
O anel
Rede dos peixinhos
Leitinho
Saltar à corda
Pisca
Sete vidas
Cabra cega
Pedreiro e carpinteiro
Os quatro cantinhos
O muro chinês
A águia na sua caçada
Malha numerada
O urso dorminhoco
Aí vai aço
Serpente
Fonte: http://www.prof2000.pt/users/cfpoa/jogosinfantis/listajogos.htm
Origem de alguns jogos:
JOGOS ORACULARES – Códigos antigos de organização do universo.Podem ser pictóricos,alfabéticos e binários. 

1– I Ching– China ( aproximadamente 3.000 a.c.)

Para saber que rumo seguir, após a pergunta formulada,joga-se e obtém-se um hexagrama (figuras de 6 linhas).Chega-se ao resultado através da manipulação de moedas,varetas,linhas ou o próprio hexagrama.

2- Runas – Norte da Europa (1.300-800 a.c)

Oráculo alfabético onde cada símbolo rúnico contém significado específico.Com a junção dos símbolos se faz a interpretação adequada.

3- Ogham – Celta Britânico,Irlanda (166 d.c)

Caracteres que correspondem a árvores,plantas animais e objetos naturais.

JOGOS NÃO ORACULARES

1- Anel Africano

Quebra-cabeça muito difundido no litoral do Golfo de Guiné,África.

2– Damas –  Origem medieval

Possui regras simples,podendo ser praticado por adultos e crianças.

3- Gamão– Antiga Mesopotâmia.

É considerado o Rei dos Jogos.

4- Jogo da Velha– Europa

Duas pessoas jogam alternadamente até conseguir formar uma linha.

5– Mancala – África (3.500 a.c.)

Mancala em árabe significa mover.O jogo representa a semeadura,a plantação, o futuro.É jogado por duas pessoas e possui uma regra única no mundo dos jogos.Você não pode deixar seu adversário sem sementes.Ganha aquele que possuir mais sementes em seu reservatório.

6– Mu Torere – Nova Zelândia

Jogo de bloqueio com o objetivo de imobilizar o oponente.

7- Nyout– Jogo Coreano

Antigo jogo de corrida,elaborado,que exige raciocínio para explorar várias alternativas.

8 – Quadrado Mágico – antigo Egito

Combinação de números dispostos graficamente em um quadrado cuja soma era sempre a mesma.Conhecido como as “palavras cruzadas da matemática”.

9- Raposa e Gansos – Norte da Europa

Confronto entre qualidade(raposa) e quantidade (gansos)

Assalto

Variante de Raposa e Gansos.Embate entre 2 cavaleiros e 22 peões.

10– Senet –Antigo Egito

Considerado um jogo de grade sagrada,simboliza o caminho do espírito na conquista da vida eterna.

11– Solitaire – França

Jogo para uma pessoa,cuja finalidade é deixar apenas uma peça no tabuleiro.

12- Tangram– China

Quebra-cabeça onde com 7 peças podem ser montadas muitas figuras.Excelente para noção espacial,limite,controle-motor,raciocínio,etc.

Tangram Ovo – China

Quebra –cabeça com nove peças que podem formar figuras de aves.

Tangram Coração

Quebra-cabeça em formato de coração que formam figuras variadas.

13- Trilha – Europa

Também conhecido como Moinho. Jogo de disputa para 2 pessoas

Fonte:http://www.jogos.antigos.nom.br/artigos.asp

Publicado por: meireformagini | janeiro 20, 2011

Caro Professor ensine com amor

Mais um ano letivo se inicia, novamente todas as responsabilidades emergem das cinzas das merecidas férias e festas de final de ano, chega a hora de recomeçar. O coração bate forte, não é fácil o trabalho de um professor; abrir os olhos e o entendimento de alguém é tarefa um tanto quanto delicada, porém indispensável. Diante de tantos requerimentos que a função exige, uma se pontua indissociável do ser humano, enquanto ser professor, ensinador e abridor de olhos e visões, é o amor. Ensinar com amor não é apenas apontar novos caminhos ao aluno, mas, é permitir-lhe encontrá-los, descobri-los, e palmilhá-los, é portanto, caminhar com ele nas descobertas valorizando o seu crescimento cognitivo diário. Ensinar com amor é perceber o aluno como alguém que é, quer sente e que sabe coisas que ninguém sabe, porque é um ser único.

Que seu ano letivo seja marcado pelo diferencial do amor, para só então, dar conta dos conteúdos, das exigências e das burocracias que a labuta impõe.

Viva a beleza da profissão de professor, ensine com amor!

Publicado por: meireformagini | setembro 24, 2010

Vinícius de Moraes disse um dia:

Publicado por: meireformagini | setembro 24, 2010

De tudo…

Publicado por: meireformagini | setembro 23, 2010

O fracasso escolar

Teoricamente, o fracasso escolar é a nomenclatura utilizada para definir a situação escolar das crianças que não atingem o nível de desenvolvimento julgado como adequado para determinada faixa etária, também é utilizado quando uma demanda se evade da escola não concluindo uma formação acadêmica. O rótulo abarca portanto, as diversas situações nas quais os objetivos educacionais não são atingidos.
Refletir sobre as nossas atitudes requer a reflexão das nossas palavras, dos nossos juízos e da nossa práxis. O fracasso escolar não pode ser avaliado como um fenômeno casual, solitário e unilateral. Em sua grande maioria, esse fato ganha forma ao longo dos anos, com a colaboração de muitos e sob a influênciade muitas coisas.
“Apontar o fracasso escolar, com a proposta de livrar minha responsabilidade é um grande equívoco, pelo fato de que, minha contribuição positiva ou negativa sempre estará impressa nos lugares por onde andei, falei, pontuei ou até mesmo sem pensar, julguei. Meus atos sempre gerarão aprendizados em alguém, aprendizados bons ou ruins;  definindo assim, a perspectiva pela qual olho o mundo”.

Podemos dizer que o fracasso escolar é como um grande muro alto, largo, de paredes rochosas e escuras, que alcança uma distância imensa, quase eterna, a se perder de vista. Do lado de cá estamos nós, os pesquisadores, os professores, os pensadores da educação, procuramos as mais inusitadas maneiras para fazer a educação acontecer. Ganhamos pouco, mas gostamos de “ser” professores e educadores. Do outro lado do muro, está a criança, o protagonista da situação “fracasso escolar”, ou seja, aquele que fracassou. Nós o identificamos, contamos os seus pontos, relemos as suas redações, observamos seus desenhos, mas, de fato, ele não atingiu a média.


O final dessa história se repete a cada reunião de pais, a cada final de ano letivo, entretanto, o veredito é dado ao fracassado muito antes, ele acontece nos olhares, nas palavras duras, no desânimo e na desesperança de reensinar do professor. Do outro lado do muro, o aluno se vê só e sem esperanças, é difícil atravessar um muro quando não há mãos que o agarrem e acreditem que se é capaz de escalar, ainda que escorregando, mas, escalar…
O fracasso escolar deve ser visto pelos professores como um desafio à sua estratégia, dinâmica e teoria, deve ser a alavanca que o impulsiona a não desistir de nenhum de seus alunos, por mais alto, escuro e largo que seja o muro no qual ele se encontra.
O fracasso escolar é uma batalha onde os títulos se fazem invisíveis, quando professor e aluno são exclusicvamente companheiros de combate, de luta e de conquistas.
Desistir de um aluno, sob o rótulo do fracasso escolar é deixar de crescer profissionalmente é deixar de humanizar-se. A educação se consolida pela motivação e participação de quem ensina e de quem aprende, buscando construir caminhos por onde possam passear os pensamentos.
Pense nisso!

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